quem nos resgata a esperança
de que as mãos são equilibradas guardiãs ?
Percorrido o caminho
a meio desta ponte medieval
continua a ser difícil atravessar o medo.
Na boca a cegueira das palavras
que encharcam de sangue o olhar em frente.
Enquanto o vento nos sacode os ossos em desassombro
o rosto
tingido da última claridade
transfigura-se
quando pressente o bisturi
tangente ao coração.
Foto: Murakami
7 comentários:
Atravessar o medo. Ultrapassar a cegueira das palavras. Tentar resgatar a esperança. Ajustar as mãos à dor como uma absolvição, uma prece, para encontrar a paz que o coração reclama. Tão reflexivo, tão ao teu jeito minha querida Luísa. É bom, muito bom ler-te.
Desejo que estejas bem.
Sente o meu abraço.
Oi. Seu blog é muito bonito e seus versos inspiradores. Bju
O medo que nos atrofia a mente.
A esperança que se tornou vã.
A dor que doi e não mata o medo.
Muito reflexivo e muito bom, como sempre.
Um beijo
:)
São várias as pontes que temos de atravessar e que surgem com alguma frequência.
O medo é apenas uma delas. Mas o medo, em pequenas doses, é saudável e previdente, porque nos obriga a avaliar os riscos de modo a ultrapassarmos os perigos.
Excelente poema, gostei imenso.
Tenha uma ótima semana.
Beijinhos.
Muito bom!
Cada vez mais nos será difícil atravessar os medos, quando eles se atravessam no nosso caminho ou nos atravessam a nós...
Mas não nos podemos deixar sucumbir. Cultivemos sempre a Esperança.
Gostei daqui, :)
Beijinhos.
O medo nos faz parar isso é uma coisa que todos nós sentimos, muito bonito os versos, desejo uma ótima semana bjs.
Olá Poeta!
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