...
Minha mãe, se eu te perder,
Farei de branco o meu luto:
Que é Santa toda a mulher
Que dá poetas por fruto!
José Régio
o vestígio
é a invisível mão de um anjo
que abre o instante a todos
os mapas.
na porta, as giestas correm o
sangue de uma sílaba maior
o pulsar do poema a sufragar o teu
rosto.
voz de manhãs límpidas
ou a tua mão que toca a terra
materna e múltipla
como o choque sísmico de uma luz?
do outro lado do vento
a mudez das altas montanhas
humedece as macieiras de sombra
inunda os ossos de um abismo
temerário
até ao abandono.
hoje é o teu nome a pureza aberta do
silêncio
a ressuscitar-me as brancas mãos
um espelho a dividir-se sob uma
fenda de sol.
tela: paulo ossião
9 comentários:
hoje também é o teu nome, que vem escrito nas ondas de todas as marés.
abraço
quem tão temerário que ouse o comentário?
recolho-me para melhor sentir a vibração o poema - e já e tanto!
beijo
"voz de manhãs límpidas
ou a tua mão que toca a terra
materna e múltipla..."
A mãe. A terra. O silêncio em "pureza aberta" a ecoar na alma...
Que fantástico, minha querida amiga.
Um beijo imenso.
Muito bonito!
Voltarei
bjinhos
Thɑnks νery nice blog!
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Sempre enorme, Maré. Um beijinho
num tempo em que o ruído foi erguido a rei, o silêncio é a casa-mãe de onde se parte e aonde se regressa. sempre. fonte de pureza, como tão bem dizes.
Obrigado.
Fico sem palavras perante o teu enorme poema.
Digo apenas: excelente...!!!
Bom resto de semana.
Beijo, querida amiga Maré.
Obrigada pelo comentário.
E a actualização deste blogue?
Um beijo enorme.
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