Ouço-te na quietude da noite...quase te toco, nas sílabas de uma voz sobrevivente !
domingo, 18 de outubro de 2009
segreda-me com a música dos dedos a transparência do vento quando embala os instantes do amor. deixa que a noite respire com mãos de lua a curva do meu ventre.
e trémulo invade o meu corpo com as febres de Outono.
e eu que sou vínculo de terra, raso com asas de vento o coração aceso das águas às vezes túmulo de luz onde celebro a vida outras, barco de caronte sem possível moeda de troca.
fala-me baixinho com o teu sorriso e diz-me dos momentos de ternura ama-me de mansinho com a ponta dos teus dedos e sente-me no ondear do teu corpo abraça-me para sempre com o teu olhar e estremece comigo o verbo amar
Volte-face em mim esta estação. Nas cores do abandono que nasce num outro sangue. Perco-me no desejo de mantos e abraços soltos na noite, reflexos de um brilho qualquer que dos nossos olhos fogem em direcção ao infinito. Porque do tempo somos feitos. Porque do espaço somos pintados. Assim. Em volte-faces eternos de paixão.
30 comentários:
febre de dançar sobre o chão ou sobre as águas?
aqui respira-se a curva transparente do verbo.
bom domingo Maré...
abraço...!!!!
uma palavra diz tudo:
Lindo.
bjs Maré
Isa
( )
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e eu que sou vínculo de terra,
raso com asas de vento o coração aceso das águas
às vezes túmulo de luz onde celebro a vida
outras, barco de caronte sem possível moeda de troca.
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beijo MAIOR
de luz
O outono, com o delírio do mel e do mosto, a pulsar nas palavras. Nas tuas. Um grande beijo e aquele abraço ainda adiado...
com esta música qualquer outono é um salão de baile.
muito bonito maré.
beijo.
Tua é a ternura que dói.Beijos
fala-me baixinho
com o teu sorriso
e diz-me dos momentos de ternura
ama-me de mansinho
com a ponta dos teus dedos
e sente-me no ondear do teu corpo
abraça-me para sempre
com o teu olhar
e estremece comigo o verbo amar
Beijo, Maré
Volte-face em mim esta estação. Nas cores do abandono que nasce num outro sangue. Perco-me no desejo de mantos e abraços soltos na noite, reflexos de um brilho qualquer que dos nossos olhos fogem em direcção ao infinito. Porque do tempo somos feitos. Porque do espaço somos pintados. Assim. Em volte-faces eternos de paixão.
Talvez o Outono se abandone nas tuas palavras e se esqueça de partir, enfeitiçado.
Beijinhos, boa semana.
bom dia M.
(obrigada)
.
beijo.s.
...excelente
invade.me uma dulcíssima nostalgia
quando reencontro este febril outono
( nostalgia essa que não tem nada de deprimente .antes pelo contrário )
.
um beijo
Dançar no chão
mesmo que não sejam marés
mas que sejam desgrenhadas
as danças
à Gabriela
se passar por aqui
e porque desde algum tempo não consigo aceder ao canto chão
tenho saudade da porta que se abria quando o dia já gastou toda a luz e é preciso olhar os residuos
da luz
.
um beijo
Isa
eu é que agradeço, sempre!
o poço e o eco
guardião da febre e espelho de margens
ou trilho
constante e navegável
lençol que se faz sombra de mar
e abriga golpes de vento
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de pétalas
um beijo
Este respirar entre marés e palavras de espanto...
Bjs
Chris
Muito bonito, Maré... eu não saberia dizer tão bem este segredo...
Beijinho!
faço deste "eco" o poço. de águas límpidas.
:)
beijo. Matinalíssimo.
A coreografia dos sentimentos e da sua materialização...
Beijinhos
P.S. - Respondi aos comentários feitos ao meu post "A PROPÓSITO DE UMA IGUANA", como de costume, na mesma página em que foram colocados.
A música do vento, a curva do ventre, a febre, a febre, o outono como tu o dizes...sabiamente.
Um beijo.
insana esta maré de Outono
,todavia
,boníssimo o cheiro a maré vaza
não consegues aceder ao cante.chão?
estranho......
( ainda ninguém mais se queixou! )
.
outro beijo ,maré
"...a música dos dedos
a transparência do vento..."
Querida amiga, o teu poema é muito belo. Gostei imenso.
Bom fim de semana.
Beijos.
o sussuro , a dança , a fogo !
Enorme poema!
_________ JRMARTO
febril é este meu chão onde as palavras me ardem!
Encanto...
Um beijo
Olá, caríssima!
Obrigado pelo seu interesse no meu livro.
Para dizer-lhe que também não sei o seu endereço.
Não se preocupe com o pagamento.
Só depois de receber o livro, tratamos disso, tá bem?
Beijinho
dulcíssimos
dedos
*bom
fim-de-semana*
Bom dia Gaby
Consigo entrar em "cante chão" e imediatamente assinala erro, não me deixando sequer correr a págína.
Respiro profundamente e volto às tentativas, goradas até agora, a não admitir que a máquina leve a melhor...
mas ela vence-me, descaradamente :(
um beijo imensíssimo
a norte da esperança
Ventre de encantadoras palavras que nos embalam os ouvidos e alegram os olhos...bela sintonia Maré
o amor continua a escrever-se sorrateira e magnificamente.
Parabéns pelo estilo e pela graça da/na escrita
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