Ouço-te na quietude da noite...quase te toco, nas sílabas de uma voz sobrevivente !
terça-feira, 8 de setembro de 2009
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demoro algum tempo. um pé à frente
outro indeciso
cautelosamente.
pensar o gesto
que me afastará o tempo do fogo
é adormecer a memória à luz das águas.
cúmplice, só a mera passagem embrionária
de uma brisa
ousará tocar-me as pálpebras.
em definitivo
há a incalculável matemática do luto das palavras
e um silêncio que cresce dentro de si mesmo.
nem sei se é preciso algum passo mais,
ou se a vigília de uma noite de lua cheia
bastará para explicar as penumbras de Setembro.
ft : judith tomaz
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27 comentários:
do que nunca seja luto . antes pálpebra de brisa que seja cúmplice na passagem dos dias. em que aqui me rendo.
y.
Setembro assim... na beleza e cuidado de cada gesto.
Gostei muito.
Beijinhos.
Setembro a dois tempos. Para mim. Um de alegria tanta outro de luto. São assim os meses das nossas vidas...
Abraço.te
a.setembradamente aqui.
beijo.
o cálculo que explica as penumbras de Setembro,
a infidável maresia,
o silêncio ofegante,
as vigílias...
(inquietante e belo este teu poema; também caminho na indecisão, tantas vezes...)
setembro ,por aqui ,também se veste de silêncios
vigilantes
.
um beijo
o silêncio e a penumbra não se explicam.
sentem-se assim. aqui.
um beijo.
...e o setembro se silenciou dentro de si mesmo neste belo poema que a si próprio se superou...
O luto. O silêncio. A penumbra.
Setembro é um lugar calado...
Um bejo forte, Maré.
"há a incalculável matemática do luto das palavras"
Isso acontece-nos... mas passa...
Querida amiga, o teu poema é magnífico. Parabéns.
Um beijo.
Uma janela aberta
por sobre as águas
e respirar
fundo
silentes
águas
[as que brotam
do peito da noite]
*bom fim de semana*
A penumbra é o espaço em que a letargia dormente estende a sua névoa sobre as intenções de vigília.
Setembro é o mês do equinócio (22) em que tudo é possível.
Beijinhos
Isa
a descansar o cansaço, é quase corpórea a asa da noite.rendida ao som de Chopin
um beijo
É mais que evidente que Sócrates venceu, mas com clareza, o debate com a D. Ferreira Leite. Em termos futebolísticos, a Ferreira Leite levou, pelo menos, 4-1. E Sócrates venceu o debate precisamente no espaço em que ela se pretende afirmar como intocável: o do carácter. Sócrates demonstrou, à saciedade, que a Dona tem falta de carácter: ele é a história da Madeira, ele é o TGV, ele é a questão da reforma do ensino, ele são as SCUTS, onde as suas posições se alteram conforme as conveniências. Tudo isso uma demonstração de falta de carácter.
Pena é que Sócrates não tivesse aniquilado, como poderia ter feito, as propostas liberais da D.Ferreira Leite com um exemplo: o da Irlanda.
A Irlanda é o exemplo claro de como a baixa excessiva dos impostos pode ser trágica para um país: face a um momento de catástrofe económica nacional, em que o investimento privado paralisou, o Estado, porque não tem receitas devido aos baixos impostos que manteve, não tem capacidade para ajudar os cidadãos e a economia. E, pior, vê-se forçado a aumentar os impostos num momento em que os deveria diminuir para ajudar a economia.
O contrário disso é a Suécia, em que o elevado nível dos impostos permitiu manter a economia, nesta fase difícil, quase sem sobressaltos quando comparada com o resto da Europa.
Mas talvez Sócrates não quisesse dar esse exemplo para não desagradar aos senhores do dinheiro.
Outra questão já abordada no texto anterior do odisseus: a da liberdade de informação.
Os canais televisivos que comentaram o debate foram todos de um facciosismo escandaloso. Quer na SIC, quer na TVI, todos, MAS TODOS os comentadores eram do centro e da direita. E, por isso, ou deram como resultado um empate, ou até, PASME-SE, a vitória no debate à Dona Ferreira Leite.
Esta é a verdadeira liberdade de informação que a Dona defende.
Mas é também um modo de avaliação do seu carácter.
Um tipo que se diz Alta Autoridade para a Comunicação Social, e como tal está a ganhar o nosso dinheirinho, o que faz ele face a casos destes? Nada. O que fazem o PS e as outras forças de esquerda? Que se saiba, NADA.
as nossas «penumbras», que nos remetem ao silêncio.
gostei tanto do poema. um beijo.
Tens uma "oferta" esperando-te. Leva o sentido de gostar do seu "MARÉS DE ESPANTO".
http://mariabesuga-extras.blogspot.com/2009/09/selo-este-blogue-e-um-sonho.html
Beijinho
Boa semana
Reli e ainda gostei mais.
Querida amiga, tem uma óptima semana.
Beijo.
e
Chopin pode ser sempre um a.setembrar da memória.
obrigada Maré.
beijoooooo.
demora o tempo que quiseres, a olhar a lua, mesmo que não esteja cheia...
bjs Maré
Nem mais um passo precisarei...para dar sentido à beleza do teu poema!
Beijinho, Maré
Muito bonito, este poema!
Gostei.
Bjs
Cara Maré, roubei-lhe um poema. Só espero que me desculpe.
Abraço.
pois foi querida Maré.....e está tao bem por lá...:)
beijooooooooooooooo!
.
piano.
volto aqui e sempre a este teu poema da (também) inquietude (do desassossego?).
Acho que enquanto este poema "abrir" este blogue, pararei para "deixar" algo...
não pude deixar de aparecer lá
na magestade das teclas, alvíssaras para o meu olhar
ainda que sejam 5,o1 horas e só a memória visual o transporte até ao sonho.
que me perdoem os outros
.
.
daqui a pouco acordarei com um canto de aves
.
um beijo, nocturno, mas rico de vagabundas estrelas
não resisti a regressar
ao teu
setembro
.
um beijo
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