a água treme na boca do vento.
do silêncio do mar
extraio o essencial:
a molécula flutuante onde desabam revelações.
a pressentir o morro dos pulsos
a memória contrabandeia-se de palavras.
vertiginosa
mente.
recolhe-se-me a rebentação do corpo.
para que nada perdure
na marginal luz
do que se ousa segurar nos dedos:
a breve ardência de uma voz consumida de luas.
foto: iva e roger spock
26 comentários:
que coisa mais linda...
beijos Maré
Tocante. Demais. e lindo...
Beijo, Maré
como se fora um rosário......
e
sempre sempre a beleza!
beijo Maré Alta.
veste d'águas,
verbo ardente,
coração!
todo o ser que sucumbe
abraça o incomensurável em amor.
boca trémula,
lábios em ardor.
no suspiro que se desfaz em flor.
beijos
Vicente
entre as revelações do mar e as revelações vertiginosas da memória, o corpo... e não consigo dizer mais, o poema é demasiado belo, demasiado rico de imagens, como sempre, fico deslumbrada a ler-te.
beijo grande.
fluorescente
coral
[vital
âncora]
*obrigado
pela maresia*
...e é o essencial que importa extrair da rebentação das marés. sempre antigas e sempre novas.
Um beijo
ººº
Bonitas palavras...
Vim conhecer o teu espaço agradecendo o teu comentário
Carpe Diem
Revelações que desabam também podem libertar...
Um mar de serenidade para ti, Maré...
Beijinhos
...poesia pura
No não silêncio das palavras
vais revelando a pulso, o pulso...
Sem contrabando algum.
Um beijo, Maré.
Sensível e luminoso. Flutuante, vertiginoso. Muito.
Um beijo.
Onde o gesto começa
e a força rompe, há
a brancura do silêncio
que ondula.
Erguem-se as palavras
flutuantes!
Embate de corpos,
planicie de ondas,
rolar de seios,
vozes que sopram.
Harmonias que se dilaceram
no vértice de uma voz
consumida de luas...
Beijos...
AL
como beijo de espuma. na ardência dos dedos...
muito belo.
beijo
belíssimo este essencial retirado do silêncio do mar!
beijo maré.
Chove bem no meio do mar
São de fogo as manhãs na ilha
A seda púrpura é lençol de amantes
Os olhos roubam a virtude à maravilha
Enchi a taça com absinto
Ergui o braço, toquei uma nuvem carmim
Ensaiei um passo de dança
Senti que os pássaros riam de mim
Senti o resto da geada em descalços pés
Calei minha viola de dois corações
Deixei entrar no peito o tamborilar de perdidas gotas
Senti o sabor sal das minhas emoções
Convido-te a partilhar a outra metade
Mágico beijo
Outra maré em que me deixo ficar no sempre estado de espanto ao ler-te.
Abraço
Miguel
Aqui me deito
e me ergo
respiro
Bjs tantos
(bom dia __________memória!)
beijo.
creio que esta ardência não será tão breve, pois as chamas das palavras levantam-se mais alto do que o papel ou tela onde são lidas. um beijinho grande, maré.
Querida amiga, gostava de ter sido eu a escrever este poema.
Parabéns, é soberbo. Gosto do estilo.
Boa semana, beijos.
e do silêncio resulta a rebentação e espumas brancas.
beijo, maré.
Mostro-te o silêncio apenas porque o rio é um reflexo que me ofusca nos teus versos, hoje.
"a memória contrabandeia-se de palavras"
As que dizemos. As que dissemos. As que ficaram por dizer.
As que nos ficam no coração. Como as tuas.
Um beijo grande.
Lindo... e tocante, muito bom mesmo.
Nas tuas palavras mergulhei
Estás de parabéns
Luis
querida maré, a surpresa e o gesto ficarão na minha memória. bem hajas! um grande beijinho.
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