ficou vazio o teu lugar ao lado das minhas certezas
__ os regressos são feitos de tanto longe
sempre que a noite cresce
desamparadamente
com água nos pulmões
talvez adormeça e repouse as mãos
como uma rosa empurrada contra a sombra
ou cegue
bruscamente
com uma alucinada visão de pássaros
foto: a. desconhecido ret da net
21 comentários:
Cara,
"ficou vazio o teu lugar ao lado das minhas certezas..."
Adorei ler este poema.
Beijos
Anoiteço-me na angústia da tua ausência. Mas ainda te espero. Vazio ficou o teu lugar junto do meu corpo. O teu cheiro permanece nos lençóis onde me deito. Mais uma vez. Porque ainda te espero.
Sabes que te vou esperar sempre.
Um beijo, Maré
talvez seja por isso que a vida nos oferece tantos viagens na barca da incerteza...
não faltam gaivotas no mar e em terra.
bjs Maré
(...) e os teus caminhos
descruzam-se;
já não regresso
e deixo a peanha vazia,
o altar escurecido,
as cinzas frias,
(de)votos já gastos;
nunca os deuses se emudeceram,
nem os acólitos sonharam
pelas coxias das assembleia,
no sorriso vago
de um fervor quási dormente
guinando-se
pelas fragas da antemanhã...
Gostei muito deste poema.Beijos
De vez enquando é bom
respirar poe guelras
e partir
à pergunta
por guelras
nunca o vazio.
sempre a alma cheia quando aqui venho.
MARÉ ALTA.
beijo.
Gostava de preencher o vazio
ao lado das tuas certezas.
Mas eu vivo a eternidade do fugaz!
Sou meteorito. Queria ser sol...
Abraço!
AL
Uma visão de pássaros ao lado das tuas certezas.O vazio deixa-o para as incertezas que vêm e virão e te deixarão a ânsia de ter asas.
Belo, como sempre. Um beijo, Maré.
Permanecemos...porque a convicção é mais forte
que a ilusão do vazio!
Beijo, Maré
Urge reparar o vazio
Um abraço, sempre grato pelas palavras preciosas que aqui colhem os meus sentidos...
Espanto-me sempre aqui!
redundante, é certo, mas alucinada fico eu ao ler-te... um beijinho*
Ou abraçar o lugar vazio antes que a noite cresça.
Beijo, Maré.
deve haver um qualquer equilíbrio entre os lugares vazios e as certezas...
um beijo maré. sempre a espantar.
inquietante repouso das mãos . nos espinhos de "rosa empurrada contra a sombra..."
poesia de excelência. a tua...
grato
Cega ao movimento contínuo dos corpos de pedra, partidos, para,
sempre, ver o negativo interno da palavra, cruzando a alma...
... isso, tu sim...
Um beijo, Maré
...e nas mãos pousaram os pássaros
...e a noite cresceu amparada pelas palavras e pelos regressos
no desamparo da noite, adormece de sonhos de pássaros que te pousam rosas na almofada. pela madrugada, abraça o vazio a teu lado e sabe que, dentro, as aves e as rosas esperam por ti...
beijinho!
Achei este seu poema muito, muito bonito. É difícil expressar bem, em um poema, esse desespero. Parabéns e um abraço.
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