quando a noite me restituir o silêncio sem rosas do teu corpo
com estas mãos de terra escreverei a foice sobre as águas
onde ancorei um dilúvio de ilusão.
as pálpebras de antigas madrugadas
falar-me-ão da doçura que mergulha o esquecimento
e dos caminhos onde envelheces lentamente.
depois saberei que nenhuma palavra guardará a tua imagem.
dir-te-ei: olha meu amor
a noite abriu-se na queimadura dos dedos.
vê como emudecem as nossas bocas.
ft: paulo ossião
26 comentários:
"e eu ben vos digo que é vivo e sano"...
bem-haja!
não haverá melhor tempo que a noite para usar o silêncio praciso à memória...
depois, os dias rasgam-se de luz e na urgência de guardar os silêncios...
Um beijo
insondável caminho o da memória que guarda as imagens no silêncio.
um beijo.
Profundo e belo
Bjs
as ondas restituem teu retrato,
a ilusão de tuas mãos,
o conserto das marés,
o secreto dilúvio do esquecimento
(...)
vê:
não tarda abalarão
os resto das alegrias
que desmontaste em meus caminhos
Hoje guardo as tuas palavras dentro de mim. Porque as bebi.
Obrigada.
Beijo
...gostei
O esquecimento também pode ser...doce!
A foto é lindíssima!
Um beijo
beijoooooooooooooooooooo.
.
sim...
poetisa nocturna.
bjs Maré
Alma , de Mar , como é bom ler o teu poema , tão longe da linguagem repolhuda , de repolho , pois claro , tão longe do pechisbeque reinante de palavras seguidas de palavras, ocas como almas vazias , nulas de nada !
Aqui Há poesia , mais além ou mais aquém , nada , o vazio , o servil vazio , só esse .
Abraço
e mon coup de chapeau !
_______ JRMARTO
colhes
o puro
trigo
[da noite]
*diurno beijo*
das ilusões e do modo como as vamos guardando ou envelhecendo...
belo, Maré! um beijo.
um belíssimo poema,
onde os comentários são demais....
.
um beijo
Não me cantarás na noite o teu silêncio...
O amor é um grito em brasa no peito
Mesmo que os ventos se levantem
Saberemos calar em nós cada segredo das memórias...
Não me cantarás palavras roucas e frescas...
Forte a tempestade do olhar vagabundo
Colorido de tanto sabor a nós
Que deste leito guardo sempre o cheiro
Que da noite... sou suspiro de morte.
nos caminhos em que perseguiu
o silêncio,
nas veredas onde encontrou
a palavra,
nas ilusões onde envelheceu
a imagem,
houve uma flor
que não resistiu ao seu suspiro,
ao seu compasso vivaz,
assim amanheceu na virtude
de um gesto silente
Emudeces-me, sempre.
Abraço, Maré.
boa noite maré___________sussurrante.
Isa
na rebentação vagueante do fogo e quando a noite se abriga, múltipla de estrelas,
os verbos são um só tempo incauto sobre as águas.
tempo de carmim inclinado e vibrante. amanhã, depois de amanhã. será dia de pétalas.
boa noite , bom dia
mãos estendidas às estrelas
______
e um beijo
E sublimando os sentidos
vão
as palavras
Beijinho de admiração
"com estas mãos de terra escreverei a foice sobre as águas
onde ancorei um dilúvio de ilusão."
Esta parte é soberba, mas todo o poema é excelente.
Gostei muito, mesmo muito querida amiga.
Beijos.
É á noite que o amor reforça toda a intensidade que cada casal possa ter e sentir, é á noite que a magia acontece, é no tanto querer que os dedos queimam com a sede de desejar...
Beijinhos
Susana
Ceifa de amor em corpo maduro.
Assim a noite muda de ilusões.
belíssimo.
Deixo-te um convite:
http://um-cha-no-deserto.blogspot.com/2009/10/convite.html
E Abraços e beijos
Mãos de terra com sede.
Um beijo, Maré
As presenças reveladas no silêncio, será sempre assim a minha ancora...
Aqui é o lugar da ternura.
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