estalo essa rubrica que se fez espanto no meu corpo
depois, deixo o vento viciar a embriaguez
que ficou dos frutos doces sobre a pele
e escrevo um pulmão novo sobre os lábios.
marco a distancia que interdita o teu corpo à insensatez das minhas mãos
e como se fosse feita de barcos
recolho a luz embaciada de outras luas
para queimar as noites mais antigas
onde um rumor de fogo a sul adormece a ousadia de outra rota.
fts: mário rocha e marta ferreira
32 comentários:
e se o rumor quente a sul acordasse a ousadia de não uma, mas outras rotas?
bjs Maré
(luis eme)
Que estalo! de luz. interior. tão rumor de marés___________Maré!
abraço.com beijo.
deixa a insensatez respirar
no pulmão
dos teus lábios
mãos mãos mãos...
Beijo, Maré
(tão cheia, hoje)
eu acho que podia pedir à Maria Quintans da Inutil para levar a revista a Aveiro....:)
re.beijoooooooooooooooooooo!
com sol.
http://bandida-bandida.blogspot.com/
(ela mora aqui)
:)
y.
Rasgo a sul
o rumor de algumas marés
só para te ver
nem que só um rumor
Bjs
a sensualidade que percorre o poema. a «luz embaciada» das noites. as rotas por ousar. o meu deslumbramento perante a tua poética, Maré!
beijo.
navegar
a brisa
dos
sentidos
*beijo*
passo a passo, a confecção de uma receita.
de luz.
beijo.
Ousado o caminho que se escreve, com um pequeno rumor de fogo...!
Beijo, Maré
Isa
porque se amanhece com poeira à porta da alma
e da alma se faz escarpa e pulmão
respiro-A
como quem tece os ramos onde nidificam as aves
à sombra de um caudal farto que se acrescenta de afectos
*
beijo, imenso
ps. iluminada ideia!...
bati na vidraça, espreitando o amanhã sem fronteiras :)
Ousa.
E a poesia acontece.
Bela.
Cintilante.
Bj
(como rumor breve____________re.passo)
beijo M.
...ouso outra rota...
...gostei
Ouse o quanto quiser amiga Maré aqui nasce poesia.
E da boa.
Beijo.
As fotos são excelentes. Boa escolha.
Feito de barcos este rumor de luz que incendeia os teus olhos.
Um beijo enorme, maré.
à Y
nem o veemente silêncio da escrita, nem o confronto incoerente da alma e da coisa verbaliza a liquidez do pensamento. o átomo (i)material que vibra de ciclos pérfidos onde germina a semente e nada permanece onde só o gesto caligráfico recria o discurso de incessantes esforços. às vezes desistente de fontes. de fogo. antes repetidos dialectos de sangue . presas fáceis das lacunas da luz .essa de que se re nasce sem margens ou logos. dia após dia .essa que mutila de um fulgor que foi trevo falso. que dói.
_______ perdoe-me.
não resisti à desdobra do verbo :)
um beijo, ternamente acústico.
"perdoada"....:) pelo "mapear" das palavras aqui/ali expostas como virgulas apenas.
sensibilizada. muito.
que bom estar aqui assim. nunca mais vou abrir o piano....:) gosto mais de me "encontrar" assim.
o.b.r.i.g.a.d.a.
deixo um beijo...
Recolher a luz quando o poema nos espanta e encanta...
Um abraço
Chris
Gostei.
Uma demonstração cabal do não limite das ideias, materializada num excelente poema.
O final, por exemplo ("onde um rumor de fogo a sul adormece a ousadia de outra rota"), é brilhante.
Querida amiga, bom resto de semana.
Beijos.
à Gabriela
é impossível pisar o "Cante Chão"
na impossibilidade de transpôr a porta, mando-lhe um beijo numa asa
AnaMar
da mesma forma, incapaz de aceder e aceitar o convite para " um chã no deserto" e que bem saberia. :)
beijos
se o espanto
AINDA
me espantasse
no encontro
das
MARÉS
.
um beijo
Submersa me fica alma no meu próprio espanto...
Um beijo e uma onda de doçura...
Ou a coragem de viver.
Beijo
Nunca as marés se fizeram rogadas à ousadia do mar.
Tão pouco a poesia,
à ousadia do sentir.
Um beijo, Maré.
Olá, amiga!
Este seu poema está bem muito escrito, com rigor e substância!
* * *
O livro vai a caminho.
Obrigado.
Beijinho
bom fim de semana....M.
beijo.
bom dia Isa
ventre e lágrima. espaçoso o tempo que foi colo e púlpito que a memória devolve e devora. a cada instante . nau mareante ao destino mais brando das lágrimas quando as mãos são a casa incofessa na implosão da ternura. líricos os dedos que afagam a página onde o silêncio é tempo em repouso. enlace suave. “somos carne e devir”. claustro e eco que os dedos da noite seguram.
_____
(curiosamente pensei-A, a ouvir Brad Mehldau)
a norte, há um névoa de finíssimas lágrimas.
.
terno o beijo voado até ao domingo a sul
" escrevo um pulmão novo sobre os lábios » è enorme este verso , subescrevo-o há muito , e só aqui o vejo revelado, puro , liberto do jargão venenoso da língua...
um abraço
________ JRMARTO
porque não sou feita de barcos regresso sempre ao sabor das marés
ao espanto....e (re)leio.te
.
um beijo
vejo a lua
que sobra dos dentes dos claustros;
os olhos mascaram-se de luz
e as sombras esquivam-se
à deriva do mar nas noites;
ouço as labaredas,
vejo o sonho na minha pele
e o espanto
inunda toda a tua escrita,
na vaguear de ousados espectros.
1 beijo nocturno
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