... à Graçatu dizias:
___o sol é uma fogueira a arder
eu dizia:
e a lua tem cavalos brancos mãe.
___filha não há cavalos brancos no céu.
eu colhia papoilas para guardar no livro
que falava de um monte de vendavais
a descobrir que a lua era uma mulher vestida de sombras
e que os cavalos brancos eram as mãos da minha mãe.
ft : desenho de paulo ossião
14 comentários:
Surrealismo?
Anda lá próximo.
Bom domingo.
Bjs
Gosto de diálogos assim, de encanto e encantados...
Beijo, Maré
"a descobrir que a lua era uma mulher vestida de sombras
e que os cavalos brancos eram as mãos da minha mãe"
As tuas palavras são um grito de águas súbitas em corações sem margens e com os olhos inundados de emoção. Bem hajas. Um beijo enorme.
Que texto tão ternurento... Estou derretido.
...singelo...belo...
às duas:
o meu maior respeito!
(e amizade e ternura e ...)
beijos.
Lindas metáforas. Adorei este seu poema.
Parabéns!!
Muito belo e de um ternura imensa.
"Os cavalos brancos eram as mãos da minha mãe".
E as crinas dos cavalos brancos o colo da tua mãe!
Podia ser, não podia?
Lindo o poema, Maré!
Beijinho
O teu magnífico post, fez-me recordar os meus conceitos da infância sobre o assunto.
Para mim, o sol era mesmo uma fogueira a arder (e é mesmo...) e a lua tinha um homem com silvas às costas por causa de um castigo qualquer (parece que não há lá homem nenhum... eheheh...).
"eu colhia papoilas para guardar no livro
que falava de um monte de vendavais
a descobrir que a lua era uma mulher vestida de sombras
e que os cavalos brancos eram as mãos da minha mãe."
Este pequenino texto é delicioso. Parabéns pela tua enorme sensibilidade.
Beijo.
Pura poesia!
Fascinante! deliciosa! quase mítica...
Um beijo meu!
de magia e encanto o teu texto!
beijinhos.
Das luas e das mãos
que teimamos
em ver,
das mais diversas formas que o coração e a saudade, inventam....
Gostei muito!
no intervalo de duas deslocações ,a leitura que se impõe .
em silêncio ,reclino.me à palavra
.
um beijo
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