sexta-feira, 22 de maio de 2009



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deito-me nele
acaricio-lhe os ângulos.
e no instante exacto do amor
evado-o de todas as sombras
para que as aves adivinhem o azul
e a seiva das raízes o inunde de fogo.

porém
uma mão embrutecida de noite
caminha pela luz
e cospe cáusticos ventos
sobre a migração dos pássaros.

o poema tomba em silêncios marginais.
nu. tão nu como a tua pele.

ft : mulki eiszeit

10 comentários:

Gabriela Rocha Martins disse...

leio.te
re leio.te

arrepio.me
e
irresistivel
mente

regresso à
re re leitura

belíssimo


.
um beijo

isabel mendes ferreira disse...

a mão que embala a nudez!





em.maravilho-me.sempre.grata.

Graça Pires disse...

E as aves adivinham o azul na marginalidade do poema.
Um beijo, Maré

Luis Eme disse...

o azul nu, tecido em silêncio, dentro do poema...

AnaMar (pseudónimo) disse...

Belo, tão belo como o som do azul nas sombras do amor.

O caminho é longo, mas não desistimos!
Bj

Gabriela Rocha Martins disse...

releio.TE
e
saio



.
um beijo

Arábica disse...

Entre angulos

e noites.


Um beijo, Maré.

Mar Arável disse...

No mais profundo das marés

como uma flor

que se abre

em azuis

vieira calado disse...

Bonito!

Muito bonito!


Beijocas

adouro-te disse...

entre
uma maré cheia e outra vazia

entre
a esperança e o desepero

Assim se movem as ondas... deitadas sobre a areia.

Beijos.