Ouço-te na quietude da noite...quase te toco, nas sílabas de uma voz sobrevivente !
sexta-feira, 29 de maio de 2009
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sobre as fugas digo-te:
equilibro silenciosos olhares
sustentando os pés numa voz rasgada de pressentimentos.
simbólica é a flor branca do quase
a que resiste nas mãos
a que insinua os lugares no peito raso de segredos
a que um dia demos abrigo.
sei que as cidades vão ardendo
[também a nossa
ficando desertas e estéreis
um ventre vazio de uma água mãe de possibilidades
e tudo decresce até chegar à mingua
que suspende as coisas do seu corpo.
resta-nos a lucidez suplicante dos pássaros
esse gorjeio compulsivo que ainda suporta o sofrimento.
ironia? recomeço cada manhã com a estranheza do canto dos inícios
quando sei da condenação à morte
com a mesma certeza de termos existido.
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7 comentários:
o reacender o dia
ou a necessidade de nos sentirmos vivos descritos com a força da "água"
,ou não foras uma diária maré de espanto....
.
um beijo
recomeçar... é preciso.
sempre.
bjs Maré
O peito raso de segredos.
A lucidez suplicante dos pássaros.
A certeza de que a poesia é a tua vida...
Um beijo grande.
Deveria ter vindo aqui há mais tempo...
Porque estas palavras têm-me feito tanta falta...
Bjs
*voo
rasante*
também fugi..
também fico assim.
mas engrandecida pelo excelente que é ler ver esta Maré.
roubo a ft.
. para um dia.
deixo um beijo.
...lindo, como sempre
...um bom FDS
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