terça-feira, 24 de fevereiro de 2009






a isabel mendes ferreira

Piano

http://mendesferreira.blogspot.com/

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somos animais que segredam uma noite impossível de dizer.
a escrita inacabada que o des amor articula no rigor silábico de um texto.
nómadas, pernoitamos nas asas dos poetas a sangrar um canto para encontrar o rasto secular da voz. mas não há eco desse absoluto da infância. na cinza que coalhou o cosmos só a solidão de um astro é o corpo incandescente do silêncio.

img: Ruslanka diev

15 comentários:

Graça Pires disse...

Da noite impossível de dizer.
Da escrita inacabada.
Do silêncio. Da solidão.
Das palavras com que se partilham os afectos e o mais secreto dos fascínios...
Um poema excelente, dedicado à Isabel, tão íntima, também ela, da magia das palavras.
Lindíssimo, Maré. Um beijo.

ausenda hilário disse...

A beleza que nos faz...
pernoitar nas asas dos poetas...!


Terno o teu post, estão ambas de parabéns!!!!

Um beijo

adouro-te disse...

e
os animais nómadas
mesmo que sedentários
segredam e são incapazes de acabar a escrita.
Como eu...
Bj.

vieira calado disse...

Muito belo, este poema.
Gostei francamente.

Bjs

Mar Arável disse...

Também bebo destas marés

a tua e a da Isabel

Pernoito

Gabriela Rocha Martins disse...

ainda
me
espanto
con
vosco


.
um beijo

lupuscanissignatus disse...

eco


[de

um

som



de

um

ser]


eco

Gabriela Rocha Martins disse...

restam
.
me
os
ossos

deixo
.
te
as
palavras
semaeadas
a
esmo


num
bom
fds


.
um beijo

Luis Eme disse...

somos...

só...

bjs Maré

Cotovia disse...

...uma forma de escrita, muito, muito bonita.

Maria Azenha disse...

Lindo de morrer....

também ela o merece , tão delicada e sensível.

grata a ambas.

mariah

isabel mendes ferreira disse...

(raios.....desculpas)


mas que fiz eu para merecer isto e a constância por lá?


nada.
mesmo.

e saio. tímida e curva.mente em sinal de gratidão.


beijo.

Maria disse...

Passeio-me em silêncio, sempre.

Beijo às duas, hoje.

Maresias disse...

A Poeta Isabel Mendes Ferreira merece o reconhecimento que que faz, Maré.

Das mãos de IMF nasce um espanto tão único, tão nobre tão puro e tão Seu. E eu vou-me maravilhando por aí.

Belo poema.

Beijo

Isabel Victor disse...

Muito bom . Marés de espanto _________________________________________ iv